quinta-feira, 5 de maio de 2011
SAUDADE
Daquele tempo em que eu podia chorar por qualquer coisa, a qualquer hora e em qualquer lugar;
O tempo em que eu saía por ai, distribuindo beijos estalados em toda a família, sempre que me desse vontade;
O tempo em que, morrendo de medo, corria para os braços dos meus pais e acreditava que ali nada me abalaria e acreditava que eles eram eternos;
Saudade do tempo em que ninguém me julgava e que tudo que eu fazia era puramente aceitável, pois eu era CRIANÇA;
Saudade do tempo em que dizer EU TE AMO era mais fácil;
Saudade da inocência dos fatos...
Saudade daqueles que se foram... Estimados amigos e familiares.
HOJE...
Sei que meus pais não são eternos;
Não acredito mais em seres mágicos;
Descobri que o mundo é cruel,
E que os seres humanos são capazes de cometer atrocidades.
Hoje, eu sei que crescer dói
Provei dessa dor, a dor da perda, da incapacidade, da inutilidade, a dor da solidão!
Descobri que a morte é a maior incógnita da vida, que ela é inevitável, e que arranca pedaços de nós, nunca mais os devolvendo.
PORÉM,
Descobri que as lágrimas, que brotam do coração, purificam a alma, rejuvenescendo-a e, assim, tornando a vida um pouco menos pesada.
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